Inovação e tecnologia fazem parte do chamado “mundo dos negócios”, mas até que ponto elas podem ser relacionadas? Será que essas capacidades podem ser desenvolvidas por todos os segmentos de empresas ou somente por aquelas do setor de tecnologia da informação? Se você se faz essas perguntas, continue lendo o post de hoje para descobrir como inovação e tecnologia dialogam entre si!
O que é inovação?
Antes de tratarmos das relações entre inovação e tecnologia, cabe diferenciarmos alguns conceitos. Você saberia dizer o que distingue descoberta, invenção e inovação? Embora possam ter algumas semelhanças, essas três palavras dizem respeito a ações bem diferentes. A descoberta está ligada ao “achado” de algo que já existe, como um elemento químico da natureza ou uma espécie de ser vivo. Já a invenção é algo criado pelo homem, como um objeto para determinado uso.
E inovação? O que seria? Ela também é fruto de uma criação humana, mas se diferencia da invenção justamente por ser usada comercialmente e trazer resultados positivos para uma empresa. Você já deve ter visto aqueles tipos de invenções que nunca caíram no gosto popular, não é mesmo? Por exemplo, na internet é possível ver um guarda-chuva com uma capa de plástico ao redor, que não chegou às grandes massas.
A inovação é utilizada pelas empresas no lançamento de produtos ou na melhoria de itens existentes. Podemos dizer que o pen drive é um exemplo de inovação no que diz respeito ao armazenamento de dados, em substituição ao DVD e ao CD. Como você pode perceber, um inventor não é necessariamente um inovador, já que nesse segundo caso é preciso gerar negócios com a criação.
Que tipos de inovações existem?
Uma organização pode gerar inovações com produtos, serviços, processos e até mesmo com modelos de negócio. Por exemplo, caso a entrega de mercadorias por meio de drones venha a ser utilizada comercialmente, teremos uma inovação em logística. Vale lembrar que existem duas formas principais de inovações, a incremental e a radical. Enquanto a inovação incremental gera melhorias para algo já existente, a radical cria algo totalmente novo. De modo geral, para que uma invenção possa se tornar uma inovação, é necessário que uma ideia nova seja executada e, a partir daí, gere resultados positivos para uma empresa ao ser comercializada.
Numa indústria, por exemplo, podemos ter a inovação em componentes de determinado produto ou em sistemas completos, que geram mudanças em toda a cadeia produtiva. A criação da direção hidráulica, da direção elétrica, do motor flex e da injeção eletrônica são exemplos de inovações em partes de um automóvel, ou seja, houve inovações incrementais no veículo. Se um dia vier a surgir um sistema de teletransporte, usado comercialmente, aí poderíamos dizer que houve o surgimento de uma inovação radical, com a criação de um meio de transporte totalmente novo.
Por que as empresas querem inovar?
As organizações procuram gerar inovações por uma série de razões, como avançar sobre a concorrência, aumentar a participação de mercado, responder a uma demanda específica dos consumidores ou, ainda, desbravarem novos nichos. Logo, a empresa é um importante agente de inovação na sociedade como um todo. Como você deve perceber no seu dia a dia, organizações líderes de mercado têm a inovação como estratégia de negócio e investem muito nessa área.
Quais são as relações entre inovação e tecnologia?
Uma nova tecnologia pode ser criada por meio de uma inovação — por exemplo, quando surgiu a transmissão por fibra ótica. Além disso, uma tecnologia pode ser usada para o surgimento de uma inovação, como softwares utilizados para experimentos de uma melhoria. Embora hoje em dia inovação e tecnologia estejam muito ligadas, é preciso ressaltar que inovar em si não necessita apenas de alta capacidade tecnológica, já que aspectos como pesquisa, trabalho colaborativo e demanda de mercado também são importantes na inovação.
A inovação radical, via de regra, é a que resulta em uma criação de tecnologia ou de um hábito novo de consumo. Se pegarmos exemplos históricos, temos o surgimento do telefone e da internet. Já a partir de um conjunto de tecnologias, como os sistemas de informação, podem ser criadas várias inovações, por exemplo, diferentes tipos de aplicativos para dispositivos móveis, que trouxeram soluções para várias atividades do cotidiano. Como a inovação gera uma melhoria ou um ganho, como de produtividade, por exemplo, ela pode ser promovida em qualquer segmento de empresa.
De quem é a responsabilidade de inovar?
Muitas organizações mantêm departamentos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que são responsáveis por produzir inovações. É bem verdade que, em alguns casos, esses setores focam somente em inovações de produtos e se esquecem, por exemplo, de serviços ou processos.
Por mais que existam departamentos específicos para inovação, é importante ressaltar que essa atividade deve ser uma política de toda a empresa, ou seja, deve envolver todos os colaboradores. Afinal, quando uma empresa cria um ambiente de inovação e dispõe de meios para que ela de fato seja produzida, testada e, se tiver êxito, incorporada à rotina do negócio, a organização terá saltos qualitativos e conquistará vantagens competitivas no mercado.
Qual é o papel da criatividade para a inovação?
Não há como negar que a inovação está ligada também à criatividade. Mais uma vez, para que o potencial criativo dos colaboradores seja estimulado, a empresa precisa ter uma política que favoreça a inovação. Por exemplo, um funcionário que atua por muito tempo numa tarefa específica poderá ter condições de sugerir melhorias mais eficazes do que alguém que não acompanhe a rotina em questão.
Da mesma forma, consumidores podem ser ótimas fontes quando o assunto é sugestão de aperfeiçoamento em produtos, serviços, processos ou mesmo no modelo de negócio. Contudo, para que haja êxito nessa política de inovação, a empresa precisará dispor de um suporte para colher essas informações e trabalhá-las com foco em melhorias.
Como você pôde notar, a inovação não é fruto do acaso e nem somente de insights isolados, mas sim resultado de uma intencionalidade. Nesse sentido, se uma empresa quer de fato alcançar vantagens competitivas e se destacar no mercado em que atua, deve criar as bases para que a inovação floresça dentro da organização. Para isso, precisa investir em tecnologia que torne o trabalho de inovar mais ágil, criativo e com potencial de resultado.
